5 de nov. de 2009

É pra rir ou pra chorar?

E lá vêm os irmãos Cohen bagunçar o coreto com mais um filme divertidíssimo.  
Vi A Serious Man assim que estreou em NY pra rir primeiro e melhor. Até que: êpa. Tem coisa aqui de que não dá pra achar tanta graça não.


É a história de um homem honesto que só se lasca. E de repente você se pega com o coração apertadinho pensando porque é assim. Por que tanta gente legal passa por situações que não merece? Por que tem tanto mala no mundo que só se dá bem? 


Esse um tema que me interessa e que adorei quando vi retratado também recentemente numa peça chamada A Alma Boa de Setsuan, com Denise Fraga, em Recife.  É um texto massa de Brecht, dramaturgo alemão, que faz refletir sobre coisas como "Por que a bondade não é recompensada e a maldade é premiada?". E que é triste, mas é verdade.


Falando em tristeza, aproveito pra contar também que fui ver This is it, filme com o registro do que seria a última turnê de Michael Jackson, anunciado por aqui com grande estardalhaço, com sessões por tempo limitado e que também já estreou no Brasil. 


Diferente daquela coisa bizarra e intocável que a gente era acostumado a ver nas revistas, no documentário ele aparece mais humano, mais frágil, até cansadinho depois de uns passos mais puxados. Estrela, sempre estrela, mas com uma gentileza no trato com a equipe, uma doçura na voz e no olhar que até nos faz esquecer da cena do bebê na janela, das brincadeiras de Peter Pan de madrugada com os menininhos e das ex-esposas café-com-leite. Dá uma pena. Pra chegar a esse ponto de doidice, que criatura mais atormentada deve ter sido esse tal de Michael Jackson. 


Corta para a coreógrafa ensaiando e mandando todos os bailarinos pegarem no pinto pra ela ensinar como é que se faz pra dançar igual a ele. O cinema todo ri até derramar a pipoca. Passa amanhã, melancolia. O cara foi embora, mas mandou avisar que a vida pode até ser meio complicada, mas a gente tem mais é que rebolar e se divertir. 









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