20 de dez. de 2009

Melhor do que chegar é ter pra quem voltar

Nem avião, nem sequestro, nem tráfico internacional de órgãos. O que mais me afligia ao fazer essa viagem era que, na volta, Davi, meu sobrinho baby, estivesse falando Tia Celinha primeiro do que Tia Flavinha. Ou que ele me esquecesse, estranhasse, sei lá, qualquer coisa do gênero depois desse tempo longe. 


Logo eu e ele, tão íntimos. A gente tinha uma brincadeira só nossa: eu levantava ele bem alto e, na descida, ele mordia o meu nariz. Depois virou uma categoria vip de beijo: todo mundo ganhava na bochecha, o meu era sempre lá. Pois bem: aeroporto, família junta, mil saudades e eu, bem despretensiosa, vou falar com Davi meio que me reapresentando. Ganhei, sem pedir nem nada, um nariz babado e o dia.


Depois de matar a saudade dos de casa, está aberta a temporada delícia de almoços e cervejinhas com os amigos, pra responder a mesma pergunta: "Vai, conta, conta, como é que foi lá?". 


Tô chegando e, ao mesmo tempo, me despedindo. Muito obrigada a vocês que estiveram por aqui como ótimos companheiros de viagem. Beijos e abraços em todos.  Mas agora, com licença, que eu vou colher o resto dos meus.

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